por Nilton Ramos
É extremamente gravíssima a questão que envolve a segurança pública no Rio de Janeiro.
Tentou-se com as UPP’s [Unidades de Polícia Pacificadora] nas favelas como se somente os pobres, os favelados fossem os maiores responsáveis pelo alto índice de criminalidade e violência cariocas.
Mais uma vez o estado mostra sua face, tenta tirar de si suas obrigações legais, ao decretar que os moradores da periferia são culpados e que por isso devem ser vigiados de perto, e em alguns casos, como temos visto, executados pelos seus próprios agentes.
A medida não passa de uma jogada política, porque no Rio de Janeiro há mais de mil favelas, e nem 10% dessas receberam as UPP’s.
Fica clara a sinalização do estado que nos morros, nas periferias é que são criados os bandidos, os narcotraficantes. Essa é a maior violência cometida em tempos contemporâneos pelo Poder Público contra o Administrado.
O mesmo estado que deveria nos garantir o direito de ir, vir e ficar, é o estado que aponta o dedo e separa cidadãos em classes diferentes, como um incentivo, apologia à execução de moradores de regiões onde não se tem edifícios luxuosos, entre outros.
Mas que tem uma população de 70 mil pessoas, no caso da Rocinha, como exemplo, onde há cidadãos de bem, jovens promissores que batalham pelo respeito e a dignidade, assim como os moradores do asfalto, da parte baixa do Rio.

Armas e munições da Polícia foram furtados do Palácio da Guanabara [sede do governo Fluminense] e da Companhia de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Para que esse crime fosse executado, difícil acreditar não ter havido a participação de alguém do governo, ou algum policial com acesso direto às munições e armas de grosso calibre.
O pior modelo de negligência nos é dado pelo estado, pois apesar das armas e munições estarem sob sua responsabilidade, o sistema de controle é manual, arcaico, uma vergonha e a forma como se trata a segurança pública nesse país.
Século XXI é corrente. O mundo cibernético é uma realidade. Mas nas entranhas dos nossos governos o presente, literalmente ainda não chegou.

O Poder Judiciário tem se esforçado na digitalização de todos os processos, no recebimento virtual de petições, dentre outros, enquanto no Executivo da Cidade Maravilhosa ainda se usa máquina datilográfica, lápis e caneta no setor Administrativo de um dos estados mais importantes do Brasil.
A PMRJ publicou nota sobre ocorrido:
“A Polícia Militar esclarece que durante depoimento à CPI das Armas, na tarde desta quinta-feira (22/10), o corregedor coronel Victor Yunes entregou aos parlamentares um relatório que trata da suspeita de extravio de armas e munições da corporação desde 1993, totalizando 457 armas. Para cada suspeita de extravio desse conjunto de armas houve a devida instauração de procedimento apuratório (em alguns casos foi concluído que houve erro de controle interno).
Em 2012 a Corregedoria Interna da PM instaurou um inquérito (IPM) para verificar se houve relação entre os casos de suspeita de extravio dessas armas, ou seja, se o mesmo policial pode ter envolvimento em mais de um caso.
Em relação às 2,5 mil munições com suspeita de extravio do paiol da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) há um inquérito instaurado pela unidade, em setembro deste ano, a fim de apurar o fato, ou seja, se houve falha administrativa (consumo da munição não lançado corretamente durante as instruções) ou se de fato houve extravio. Este IPM está em andamento.“
Não é apenas do tráfico de drogas, dos furtos, roubos e outras atividades ilícitas que se apura dinheiro para aquisição de armas e munições para alimentar o crime no Rio de Janeiro, o próprio governo se encarrega, por meio de seus ‘agentes’ [bandidos] ao fornecimento das peças.
SPIN
Insustentável! Essa a situação do deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha [PMDB-RJ], investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na operação Lava-Jato por crime de peculato.
O parlamentar negou durante todo o tempo seu envolvimento, e chegou a acusar o governo de conluio com a Procuradora Geral da República para prejudicá-lo.
Anunciou uma ‘guerrinha’ política no Congresso, com apoio dos seus seguidores e tem sido uma barreira às propostas apresentadas pelo governo Dilma Rousseff [PT] naquela casa legislativa.
Ao ser indagado pela imprensa, Cunha, de tantos argumentos e poder, sugeria para que falassem com seu advogado.
Eduardo Cunha já admite, quando afirma que abriu uma ‘trust’ para seus filhos, tendo como objeto, gerir bens e valores de terceiros naquele país.
Até aqui fala-se em US$5 milhões. Mas ainda talvez seja cedo para se ter uma certeza dos valores movimentados pelo político.
Pizzolato – Henrique Pizzolato, ex-funcionário do Banco do Brasil, condenado no processo do Mensalão a 12 anos de reclusão, e que usou documento de seu irmão morto para fugir do cumprimento da pena para a Itália, finalmente foi extraditado para o Brasil.
O apenado deverá enfrentar nos próximos dias mais um processo, que será movido pela Procuradoria Geral da República, segundo disse Rodrigo Janot, de ressarcimento dos gastos com sua extradição e despesas com honorários advocatícios contratados na Itália.

Pizzolato tem dupla cidadania [italiana e brasileira]. Ele chegou a cumprir 1 ano da pena na Itália e cumprirá o restante no Brasil. Após 1/6, este terá direito à progressão de regime, passando para o semi-aberto.
Lula – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT] disse numa entrevista à Rádio Metropolitana de Salvador que “não gostaria de ser ele o candidato a presidente nas eleições de 2018 pelo Partido dos Trabalhadores.”

Justificou dizendo que se sente velho, pois no dia 27 deste mês Lula completará 70 anos de idade.
Sobre a possibilidade dele ser envolvido na operação da Polícia Federal, que investiga a corrupção que desviou quase R$8 bilhões da Petrobras, Lula contou que o papel da oposição é ‘matar’ o adversário político. Ao contrário de antigamente: “Se esperava atrás da moita e matava.”
Como acreditar em Lula se ele mesmo disse que se o povo quisesse ele voltaria?
Lula se mostra, como sempre, muito confiante, dando a entender que a presidente Dilma Rousseff terminará seu mandato, apesar dos movimentos de impeachment no Congresso em seu desfavor.
Tarumirim – O jovem secretário de educação de Tarumirim, MG, Márcio Carlos de Oliveira [28], casado, foi vítima fatal nesta quinta-feira, de acidente de carro, quando seu veículo bateu de frente com outro na BR-116, no km 427, entre as cidades de Governadores Valadares e Alpercata.

Crise hídrica – As chuvas da noite passada na região serviram para aliviar a escassez de água. Os prefeitos de Caratinga e Inhapim, cidades do Leste de Minas, chegaram a tomar medidas radicais ao decretar rodízio para controlar o consumo do líquido precioso, e até multa para quem descumprir as ordens.
Nas duas cidades escolas chegaram a ser fechadas e outras a carga horária reduzida.
Contudo, as aulas voltarão à normalização na próxima semana, mas o consumo consciente de água sempre é cobrado da população.
Pelé – Edson Arantes do Nascimento, mineiro de Três Corações, tricampeão do mundo, o maior jogador de todos os tempos, que apareceu no Santos, teve seu auge na Seleção Brasileira, com passagem pelo Cosmo, dos Estados Unidos, comemora neste dia 23, 75 anos de idade.
Muitos dos bilionários atletas que vivem do Futebol na atualidade deveriam se espelhar no exemplo de Pelé, principalmente dentro de campo.