Pelo menos três reféns foram mortos hoje (20) pelos jihadistas que tomaram um hotel de luxo na capital do Mali, Bamako, anunciou o porta-voz do ministro da Segurança Interna. Ele informou que 12 pessoas já foram libertadas.
“Três reféns foram mortos”, disse a mesma fonte, que indicou que as nacionalidades estão sendo verificadas.
O porta-voz acrescentou que os reféns foram libertados graças à intervenção das forças especiais e que há “dois ou três” assaltantes.
De acordo com uma fonte de segurança, os assaltantes são jihadistas e sequestraram 40 hóspedes e 30 empregados do Hotel Radisson Blu.
“O grupo Rezidor, que administra o hotel, está ciente da tomada de reféns que está hoje (20) em curso. De acordo com as nossas informações, duas pessoas têm bloqueados 140 clientes e 30 empregados”, informou inicialmente a empresa, em comunicado. Segundo a cadeia internacional, o ataque foi feito por dois homens.
Disparos de armas automáticas foram ouvidos no hotel, com 190 quartos, localizado no centro da capital.
A agência chinesa de notícias, Xinhua, informou que pelo menos sete cidadãos do país estão entre os reféns, enquanto a companhia aérea turca Turkish Airlines disse que seis funcionários foram reféns no ataque.
“Está tudo ocorrendo no sétimo andar, os jihadistas disparam no corredor”, disse uma fonte de segurança à agência France Press.
Em 7 de março deste ano, um atentado contra um bar-restaurante em Bamako fez cinco mortos, entre eles um cidadão belga e um francês. Foi o primeiro ataque desse tipo registrado na capital do Mali.
Em agosto passado, ocorreu outra tomada de reféns, de mais de 24 horas, em um hotel da cidade do Mali, que provocou a morte de quatro soldados e cinco funcionários da ONU, bem como de quatro assaltantes.
Os grupos islâmicos têm feito ataques no Mali desde junho, apesar de um acordo de paz entre os rebeldes tuaregues, no Norte do país, e grupos armados rivais pró-governo.
O Norte do Mali esteve, entre março e abril de 2012, sob controle de grupos jihadistas ligados à Al Qaeda, na sequência de um golpe militar.
Os grupos foram dispersados e perseguidos após uma intervenção militar internacional lançada em janeiro, por iniciativa da França, cujas forças militares ainda se mantêm no país.
Há várias áreas que escapam ao controle das forças militares malaias e estrangeiras.
Há muito concentrados no Norte do país, os ataques jihadistas estenderam-se, desde o início do ano, para o centro e, desde junho, para Sul do território.