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PT: Mudamos nós, ou eles sempre foram os mesmos?

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por Nilton Ramos*

Em momentos como esses é que definitivamente nos forçamos realmente discutir se política é assunto para fortes, ou para pessoas sérias.

No começo da caminhada, ainda criança quem nunca ouviu dizer que política, futebol e religião não se discute?

Pelo visto, são temas que são obrigatoriamente recorrentes onde quer que estejamos.

No rádio; jornal; televisão; na internet. Fazem parte do cardápio nosso de cada dia.

Em um passado não muito distante, ficaram para trás ditaduras militares e civis com espaço conquistado às duras penas pela democracia, e uma nova Constituinte.

Uma República Democrática ainda em construção. Sai e entram atores políticos, planos econômicos que em sua essência não diferenciam muito dos outros.

Me recordo quando a ‘chamada esquerda’, representada pelo Partido dos Trabalhadores, ‘O PT de Lula’ aos poucos ganhava notoriedade por conta de sua ideologia, e das posições políticas que defendia no Congresso Nacional.

Já mirando duas décadas como o dono da cadeira presidencial, somos alvos de governos diferentes dentro do mesmo partido, o que se deu no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e agora, com a desastrada reeleição de Dilma Rousseff, e a debandada de nomes importantes na história do partido, como Hélio Bicudo e Marina Silva, dentre outros.

Contudo, semelhantes entre Lula e Dilma, os seguidos escândalos e a corrupção. Friso o Mensalão, cujo desfecho já conhecemos, e agora, o Petrolão.

Tanto dinheiro público foi roubado por organizações criminosas e uma política da prática da festa com chapéu alheio sob a astuta da inclusão social no país dos descamisados em um bisonho populismo que nossos filhos e netos pagam preços de uma conta que não foi contraída por nenhum de nós.

Esse mesmo grupo que cresceu impulsionado pelos anseios da classe operária hoje abre mão de um discurso duramente criticado naqueles tempos: O quanto pior melhor.

Frase desgastada pelas incontáveis vezes pronunciada por um grupo composto por idealistas [?] que diziam defender o proletariado da classe dominante, do capitalismo sem limites.

O que teria mesmo mudado ? Milhões de brasileiros abandonaram, de fato, a vexatória zona da miserabilidade e passaram a engrossar os índices de uma nova classe social brasileira ?

Somos um dos piores modelos de democracia no mundo. O que parece dominar por aqui é a velha máxima do manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Pobre é pobre. Rico é rico. Patrão manda. Empregado obedece.

Há uma linha imaginária social segregatória, que por ser tão real, salta aos nossos olhos, e temos a triste nitidez de um país dividido ao meio.

Cidadãos obrigados, por força de lei, por exemplo, a votar. Seria isso democracia ?

Cidadãos que são penalizados por má gestão de governos com implementação de políticas austeras, que perdem seus empregos; a casa financiada; seu carro e a dignidade.

A tragédia que vivemos foi anunciada. É sabido que não se pode gastar mais do que se recebe. E tem sido assim que este Governo tem administrado suas contas [será mesmo ?].

Uma máquina inchada por conta de muitos servidores e ministérios desnecessários, pessoal ocioso, ao passo que onde realmente carece mais material humano, onde a sociedade como um todo, deveria ser priorizada, não ocorre.

E quando a panela perde a tampa, o seu conteúdo esvai-se. Governo finge que cumpre seu papel, abrindo mão de benefícios destruidores de uma democracia, e não põe em prática um plano que realmente mereça o aval de toda uma sociedade.

Sem rodeios, quer retornar com a CPMF [Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira] e diz ser imperioso o estabelecimento do diálogo político com o Congresso Nacional, na busca de cobrir um déficit de mais de R$30 bilhões previstos para 2016.

Nada mudou. Porque em voga a velha política do toma lá, dá cá. Sabendo das dificuldades que a iniciativa enfrentará no Legislativo, a presidente Dilma Rousseff tem negociado uma fatia maior do bolo com os governadores, que ao invés de uma alíquota de 0,2 % defendem 0,38 % para a Saúde Previdenciária.

IMPEACHMENT – Como consequência da má gestão, esse segundo governo de Dilma talvez não alcance a sua totalidade. Contra si pesam vários fatores, que gravitam entre políticos a jurídicos.

O Tribunal Superior Eleitoral insiste numa profunda análise nas contas da campanha que reelegeu Dilma Rousseff.

As ‘pedaladas fiscais’ são analisadas pelo Tribunal de Contas da União [TCU].

Supremo Tribunal Federal vota financiamento eleitoral privado. Foto: STF.
Supremo Tribunal Federal vota financiamento eleitoral privado. Foto: STF.

 

Na tarde desta quarta-feira, o jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e que não mais integra seus quadros, a advogada Janaína Conceição Paschoal, o ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, o advogado Miguel Reale Júnior, e outros quarenta movimentos sociais brasileiros registram em cartório de São Paulo, petição com os argumentos de fato e de direito que justificam o impedimento da presidente, entre eles, a sua incapacidade de governar.

A mesma petição será protocolizada no Congresso Nacional na tarde desta quinta-feira, em Brasília.

Dilma Rousseff tenta se mostrar inabalável na crise político-econômica brasileira. A presidente ataca, afirmando não ser coerente um processo de impedimento em meio a uma crise.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Pezão, defende alíquota de 0,38% na CPMF. Foto: EBD
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão [PMDB], defende alíquota de 0,38% na CPMF. Foto: EBC.
REFORMA POLÍTICA – A reforma que o país precisa parece estar longe da nossa realidade. País retrocede no modelo aprovado pelo Congresso autorizando o financiamento eleitoral por empresas privadas diretamente aos partidos, e não aos candidatos. O que dá grande poder aos partidos, inclusive na definição dos seus candidatos, e pior, impede a transparência, a fiscalização, o acesso do cidadão às informações de interesse público, como assenta a CRFB/88.

Como não poderia deixar de ser. Tudo por aqui acaba sendo judicializado. O Supremo Tribunal Federal [STF] é chamado a decidir o caso, que até este momento está sendo derrotado na votação por 6 votos a 2, e está em aberto por mais algumas longas horas de discussão que será retomada nesta quinta-feira.

Nilton Ramos
Bacharel em Direito; Pós-Graduado em Direito do Trabalho Lato Sensu; humanista e fundador-presidente da ONG CIVAS – BRASIL.
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