O cenário financeiro internacional mostra sinais de movimentação, com o real brasileiro se recuperando desde quarta-feira após um início de semana desafiador. A queda do dólar, atribuída às preocupações no sistema bancário dos EUA, encontra respaldo nos recentes eventos relacionados à NY Community Bank. Essa dinâmica tem impacto crucial na postura agressiva do Fed, embora os dados de emprego dos EUA, aguardados para hoje, possam alterar completamente o curso das negociações.
Real Recupera Terreno com Desdobramentos nos EUA
No Brasil, o real mostrou resiliência ao recuperar parte do terreno perdido em relação ao dólar e ao euro. Esse movimento se deu em meio a uma redução nos rendimentos dos títulos de países desenvolvidos, que evidenciaram preocupações no sistema bancário dos Estados Unidos. A queda nas ações da NY Community Bank no meio da semana destaca desafios significativos em sua carteira de imóveis, influenciando a postura do Fed. Contudo, o foco agora está nos dados de emprego dos EUA, cuja divulgação está programada para hoje.
Dólar em Declínio e Expectativas para os Dados de Emprego
Nos Estados Unidos, o dólar perdeu terreno em relação a várias moedas na quinta-feira, revertendo parte dos ganhos recentes após a última reunião do Federal Reserve. Apesar da postura firme de Jerome Powell em relação a um possível corte na taxa de juros em março, os mercados ainda mantêm uma probabilidade de +30% para essa decisão no próximo mês. A mudança nessa percepção pode depender de surpresas nos dados, com destaque para o relatório de emprego dos EUA programado para esta sexta-feira.
Euro Frágil e Rumos do BCE Após Dados de Inflação
Na Europa, o euro continua a mostrar fragilidade após dados de inflação mais suaves, alimentando expectativas de um iminente corte nas taxas pelo Banco Central Europeu. Em contrapartida, a libra esterlina registrou ganhos após o Banco da Inglaterra manter as taxas de juros inalteradas, indicando que cortes não estão no horizonte imediato. Com poucos eventos relevantes na Zona do Euro hoje, a reação da moeda comum será em grande parte influenciada pelo relatório de emprego dos EUA.
