por Nilton Ramos*
O vice-presidente da República nos nos dois mandatos da presidente Dilma Rousseff [PT], Michel Temer já consegue significativos apoios dentro do PMDB para 2018.
Fala-se que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro não abrirá mão de candidatura própria nas próximas eleições presidenciais, na sucessão de Dilma.
Experiência não falta ao vice-presidente do partido e do País, visto que está no Governo petista desde o primeiro mandato, e ademais, PT-PMDB tem andado de braços dados faz tempo, como unha e carne.
Temer tem conquistado cada vez mais espaço político. Sua popularidade também cresce, principalmente depois de ter sido escolhido por Dilma Rousseff como articulador político governista.
De fato, o vice-presidente tem aberto espaço, não para o Governo, mas em favor da construção de uma candidatura própria do PMDB em 18.
E se as coisas continuarem na velocidade e caminho em que se encontram, com as crises políticas, o desgoverno, e o aumento do coro que pede o impedimento da presidente, Michel Temer pode ganhar a direção do Executivo mais cedo do que imagina.
Contra Dilma pesam muitas dúvidas, principalmente com o desenvolvimento da operação Lava Jato, que levou à maior crise e prejuízo que a estatal Petrobrás já sofreu em toda a sua existência.
A organização criminosa tem tantas ramificações que a Polícia Federal subdividiu a operação em várias células.
No caminhar apuratório, a maioria dos investigados envolve donos de empreiteiras e com respingos em partidos e políticos, sobretudo do Partido dos Trabalhadores.
Mais uma vez o nome de José Dirceu, fiel escudeiro do ex-presidente Lula tem estado em voga, e até já impetrou Hábeas Corpus Preventivo, negado em sede liminar pelo Supremo Tribunal Federal, temendo voltar para a cadeia.
Resta saber como tem atuado Temer na ausência de Dilma, e, principalmente em suas constantes articulações políticas com partidos aliados ao Governo.
Necessária uma profunda análise do por vir em curto prazo, pois, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tornou público seu interesse em ‘voltar’ à presidência da República.
E como o PMDB já adiantou que terá chapa própria para o pleito presidencial vindouro, as conjecturas e desconfianças deverão ganhar força.
A partir de agora, Dilma-Lula-Temer deverão dormir com um olho fechado e o outro aberto. Ou sempre olhando no retrovisor. De aliados, já não seriam adversários políticos?