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O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em alta de 0,3%, aos 134.677 pontos, em um dia marcado pela divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos EUA. O índice de preços ao consumidor veio em linha com o esperado, porém o núcleo da inflação registrou um ligeiro aumento, o que gerou reações moderadas no mercado.
Entre as ações que mais se destacaram na B3, a YDUQS (YDUQ3) subiu 8,0%, impulsionada pelo aumento da participação da gestora SPX na companhia e pelo fechamento das pontas longas da curva de juros. No lado negativo, o IRB (IRBR3) caiu 4,6% após um grande banco de investimentos rebaixar a recomendação das ações de neutra para venda.
No cenário de renda fixa, as taxas futuras de juros fecharam a sessão de quarta-feira com leve abertura nos vértices curtos e pequeno fechamento nos médios e longos. O crescimento acima do esperado no setor de serviços em julho reforçou as apostas em um aumento de 25 pontos-base na taxa Selic na próxima reunião do Banco Central. O DI para janeiro de 2025 fechou em 10,92%, com um leve aumento de 0,1 pontos-base em comparação ao pregão anterior.
Internacionalmente, os mercados reagiram aos dados de inflação dos EUA e ao debate eleitoral entre Kamala Harris e Donald Trump. Com a inflação ao consumidor levemente acima do esperado, a expectativa para um corte de juros de 25 pontos-base pelo Federal Reserve em setembro foi reforçada. Nos EUA, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano fecharam o dia com leve alta nas taxas de curto prazo.
As bolsas europeias operam em alta, com o Stoxx 600 subindo 1,1% em meio à expectativa de que o Banco Central Europeu anuncie hoje um corte de 0,25 pontos-base na taxa de juros. Já na China, o mercado fechou misto, com o CSI 300 caindo 0,4%, pressionado pela atualização negativa da Agência Internacional de Energia (IEA) sobre a demanda de petróleo. No entanto, o índice HSI de Hong Kong subiu 0,8%, impulsionado pelo setor de tecnologia.
No Brasil, o destaque desta quinta-feira é a divulgação do relatório de vendas no varejo de julho, que deverá oferecer mais dados sobre o comportamento da economia doméstica. No cenário internacional, além da decisão de política monetária do BCE, os investidores aguardam a divulgação dos dados de inflação ao produtor nos EUA, que devem ajudar a calibrar as expectativas para a inflação medida pelo índice de deflator das despesas em consumo pessoal (core PCE).
Com o cenário global ainda incerto e as expectativas de política monetária em foco, os mercados seguirão atentos aos dados econômicos que possam indicar os próximos movimentos dos bancos centrais em todo o mundo.