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Expectativas sobre o Relatório JOLTS e o Payroll ditam o rumo dos mercados enquanto o Ibovespa reage à queda das Commodities
Nesta quarta-feira (4), os Estados Unidos voltam ao centro das atenções com a divulgação de dados cruciais para a economia global. Às 11h (horário de Brasília), o Bureau of Economic Analysis (BEA) publicará o relatório de emprego JOLTS, que fornecerá insights detalhados sobre a rotatividade do mercado de trabalho, um dos principais focos do Federal Reserve (Fed) no momento.
Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que os riscos menores de alta inflacionária e maiores para o emprego sugerem que “chegou a hora” de começar a afrouxar a política monetária. O relatório JOLTS, com destaque para o elevado nível de demissões voluntárias e a baixa taxa de vacância (1,2 vaga por desempregado), será crucial para confirmar essa perspectiva.
Expectativa pelo Payroll e o Livro Bege
O grande destaque da semana, no entanto, é o payroll de agosto, que será divulgado na sexta-feira (6). Este é o indicador favorito do Fed para avaliar o nível de atividade econômica dos EUA, e a expectativa é de que ele mostre a criação de 175 mil vagas. Além disso, às 15h desta quarta-feira, o mercado receberá o Livro Bege, um relatório econômico que oferece uma visão abrangente da economia americana.
Repercussões nos mercados
Enquanto aguardam esses dados, os futuros de Wall Street e as bolsas internacionais operam em baixa, refletindo a apreensão dos investidores sobre a magnitude do próximo corte de juros nos EUA. O PMI industrial dos EUA, divulgado ontem, veio levemente abaixo do esperado, reforçando as expectativas de que o Fed possa optar por um corte de juros de 0,5% em vez de 0,25%.
Impacto no mercado brasileiro
No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência negativa global e registrou uma queda de 0,41% na terça-feira, impactado pelas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4). A Vale recuou quase 4% devido à forte queda nos preços do minério de ferro, enquanto a Petrobras caiu 1,21%, refletindo a desvalorização do petróleo no mercado internacional.
Apesar do cenário desafiador, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre surpreendeu positivamente, vindo acima das expectativas. Um PIB forte sugere uma economia aquecida, o que pode influenciar as expectativas em relação à taxa de juros no Brasil.
Panorama
Com os mercados globais atentos aos dados econômicos dos EUA e as expectativas sobre o próximo movimento do Fed, o mercado brasileiro deve continuar a acompanhar de perto as repercussões internacionais. A queda das commodities e as incertezas sobre a política monetária americana reforçam a necessidade de cautela por parte dos investidores.