por Nilton Ramos*
Demorou mais de 30 dias para que Administração municipal de Inhapim atendesse às seguidas cobranças dos moradores do bairro Santa Cruz, que se sentiram ignorados por sua omissão com a obstrução da rua Joaquinzinho, por conta de uma enorme quantidade de entulhos e terra depositados no local pelos moradores.
Durante todo esse período, os direitos dos cidadãos a uma via pública desimpedida foram ignorados.

a mobilidade de transeuntes. Foto: Nilton Ramos
A enorme quantidade de terra depositada nas proximidades dos números 166, 171 e 184 não causou prejuízos apenas da mobilidade dos moradores da rua e adjacentes, mas, principalmente, à saúde das crianças e adultos portadores de doenças crônicas como asma alérgica.
Certamente, nesse período os gastos com medicamentos e idas às unidades públicas de saúde cresceram significativamente.
Desde o início das obras onde o desaterro é feito, o setor responsável pelo recolhimento de entulhos esteve com suas máquinas [Pá Carregadeira] uma única vez, e só retornou nesta data [02 de outubro], e deu iniciou aos trabalhos de desobstrução da via pública exatamente às 14h, que foi concluído por volta das 16h30m.

Este articulista chegou a publicar reclamação nesta coluna, provando os fatos e as lesões aos direitos do cidadão por meio de várias fotos.
Depois disso, em contato pelas redes sociais diretamente com o assessor de Gabinete do prefeito Hamilton Chagas ‘Bó’ Filho [DEM], Jorge Henrique Moura, esse se limitou a dizer que desconhecia a situação, e que tudo não passava “de meras críticas oposicionistas.”
Na ocasião, sugerimos ao servidor que viesse pessoalmente ao local, mas esse preferiu se manter confortavelmente acomodado em seu gabinete.
MOBILIDADE E TRÂNSITO – Por todo esse período de obstrução da via pública em referência, a mobilidade das pessoas foi prejudicada.

Veículos como motos, carros e bicicletas não podiam trafegar pelo local, numa situação que poderia custar a vida de uma pessoa, caso essa necessitasse de atendimento médico de urgência e sem condições de se locomover.
AINDA NÃO ACABOU – Essa foi a segunda vez, desde o início das obras no local que Administração enviou seus servidores para a limpeza da via pública em mais de 30 dias.
Entretanto, segundo apuramos, aproximadamente trezentos caminhões de terra serão retirados no barranco nos fundos do prédio próximo ao número 186. O que significa que o trabalho de desobstrução da rua deve ser feito semanalmente, sob pena da Administração incorrer nas mesmas lesões a direitos, garantidos pela Constituição da República.

Foto: Nilton Ramos.
Sabidamente, o proprietário que executa as obras no prédio não possui condições financeiras para realizar o transporte dos entulhos e terra do local, e que nesse caso, passa a ser do Município a responsabilidade da manutenção de uma via em condições de tráfego de pessoas e veículos.
Como afirmamos, além dos prejuízos causados com o impedimento da via pública, a enorme quantidade de terra depositada na rua Joaquinzinho por mais de 30 dias causou com o tempo quente, muito pó, que invadiu as residências próximas ao local, afetando a saúde, principalmente das crianças e idosos portadores de doenças crônicas, como asma alérgica, e os aparelhos eletroeletrônicos.

MÁQUINAS QUEBRADAS – Nem toda a terra que obstruía a rua Joaquinzinho, no bairro Santa Cruz foi retirada. Ocorre que uma boa parte dela foi depositada em um lote vago.

Apuramos que o Município possui apenas duas Máquinas Pás Carregadeiras reservadas para o serviço na cidade. Todavia, uma está quebrada há dias, passando por manutenção, e não se sabe quando será liberada novamente.

A outra máquina usada para a limpeza nesta tarde de sexta-feira quebrou antes mesmo da conclusão dos serviços.
As demais, pertencentes ao Município atendem à zona rural de Inhapim, município de 858 quilômetros quadrados.