Expectativa para dados de emprego movimenta Mercados após feriado americano

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Após a pausa do feriado do Dia da Independência, os mercados americanos retomam a atividade nesta sexta-feira (5) com atenção voltada para a divulgação dos dados de emprego de junho. Serão anunciados o nível de criação de empregos não agrícolas (“non-farm payroll”), a taxa de desemprego e a variação do salário médio por hora, entre outros indicadores.

A projeção para o “non-farm payroll” de junho é de criação de 191 mil vagas, abaixo das 272 mil registradas em maio. A taxa de desemprego deve permanecer nos 4,0% de maio, enquanto se espera que a variação do salário médio por hora suba 3,9% nos 12 meses até junho, ligeiramente abaixo dos 4,1% registrados nos 12 meses até maio.

Esses números são importantes porque outros indicadores recentes apontaram para um arrefecimento do mercado de trabalho. Na quarta-feira (3), o nível de emprego ADP de junho mostrou a criação de 150 mil vagas líquidas, abaixo das 157 mil de maio e da expectativa de 163 mil. Além disso, o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego divulgados na quarta-feira foi de 238 mil, superando as expectativas de 234 mil.

O único indicador destoante foi o relatório JOLTs, equivalente ao Caged brasileiro, que mostrou a abertura de 8,14 milhões de vagas em junho, acima das 7,919 milhões de maio e da expectativa de 7,96 milhões de vagas.

Depois dos índices de inflação, os números de emprego são os indicadores mais importantes para os investidores americanos no momento. As declarações recentes dos diretores do Federal Reserve (FED) indicam que a trajetória da política monetária dos Estados Unidos dependerá do comportamento da economia. Se o “non-farm payroll” confirmar a desaceleração do nível de emprego, isso fortalecerá os argumentos para a redução dos Fed Funds.

Repercussões no Brasil e no mundo

Os contratos futuros do Ibovespa iniciaram o último pregão da semana com uma leve baixa. A liquidez deve ser reduzida devido à sequência do feriado nos Estados Unidos e às férias de verão no Hemisfério Norte. Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em leve alta pelo quarto pregão consecutivo, subindo 0,4% aos 126.164 pontos, impulsionado pelas falas do governo sobre a situação fiscal e pela valorização das commodities. Os destaques positivos foram Vamos (VAMO3, +8.4%) e Pão de Açúcar (PCAR3, +7,3%). O destaque negativo foi Petrobras (PETR3, -1,4%; PETR4, -1,4%).

Para o pregão de sexta-feira, o foco está na divulgação dos dados de emprego dos EUA. No Brasil, não há indicadores previstos na agenda.

Renda Fixa

Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira (4) com forte fechamento por toda extensão da curva. No Brasil, sinais positivos do governo sobre o cumprimento do arcabouço fiscal acentuaram a retirada do prêmio de risco dos ativos locais. Internacionalmente, a menor liquidez foi resultado do feriado nos EUA. DI jan/25 fechou em 10,615% (queda de 8bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,29% (queda de 24bps); DI jan/27 em 11,61% (queda de 23bps); DI jan/29 em 12% (queda de 20bps).

Mercados Globais

Nesta sexta-feira, os mercados americanos aguardam os dados de emprego com futuros levemente positivos (S&P 500: 0,01%; Nasdaq 100: 0,14%). Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%), lideradas pelo Reino Unido após vitória do partido trabalhista nas eleições. Na China, as bolsas caíram (CSI 300: -0,4%; HSI: -1,3%).

Economia

O principal destaque econômico desta sexta-feira será a divulgação do Payroll nos Estados Unidos. No Brasil, a agenda econômica está sem indicadores previstos.

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