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Consumo de energia e desenvolvimento econômico

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A sociedade moderna vista como é hoje em dia, só foi possível de ser construída graças ao uso cada vez maior de energia, uma vez que a demanda de energia é baseada no uso da mesma para produção de serviços ou bens. Seguindo esse pré suposto, todo o desenvolvimento seja econômico ou social, é baseado na disponibilidade de energia e abastecimento confiável da mesma. O entrelaçamento entre consumo de energia e desenvolvimento econômico causou a partir da década de 40 um aumento exponencial de consumo de energia, atrelados ao aumento populacional e ao PIB dos países. Juntamente a este aumento do consumo de energia, aumento de produção de bens e disponibilidade de um maior número de serviços, entramos na era do consumo e consequentemente quanto maior o consumo, maior a demanda de energia e de recursos naturais, que eram tidos como recursos infinitos.

O uso indiscriminado dos recursos naturais sem a preocupação com as externalidades negativas gerou uma grande degradação ambiental, principalmente no meio urbano com altos níveis de poluição do ar, degradação do solo e da água. Emergindo na década de 70 discussões mundiais quanto ao futuro incerto do equilíbrio ecológico no planeta assim uma discussão mundial sobre os efeitos negativos causados pelas atividades antrópicas no meio ambiente e os efeitos negativos gerados ao homem, a sociedade e ao meio natural.

Atrelado a essa preocupação ambiental e social, uma crise energética se instaurou na década de 70 e com o aumento do preço do barril de petróleo surgiu uma nova preocupação, a dependência externa dos países industrializados para obtenção de energia, o que colocou países como os EUA em situação de reavaliação do uso de energia.

Na história do homem atual vemos que as crises são importantes para superação de problemas, a grande degradação ambiental e crise energética na década de 70 forçaram o governo americano a criar leis ambientais que visavam conservação da energia, e uso eficiente da mesma, buscando inclusive novas tecnologias; e leis que regulamentassem a emissão de gases, resíduos sólidos e líquidos e uso do solo e água no país.

Os EUA é apenas um exemplo, pois todos os países industrializados sofreram com as crises energéticas que se sucederam a partir da década de 70, também sentimos no Brasil, e graças a esta crise, foi implementada a Petrobrás, uma empresa estatal que busca balancear o abastecimento nacional e a autossuficiência energética nacional para que o Brasil sofra menos com as idas e vindas do mercado internacional de petróleo.

O petróleo é uma das mais importantes fontes de energia usadas mundialmente, mas é um recurso não renovável e finito, e também um combustível fóssil emissor de CO2 que é um dos gases efeito estufa, que acreditam alguns cientistas serem influenciadores de mudanças climáticas em todo o planeta. Todos esses fatores juntos pressionam a busca por novas fontes de energia renováveis e menos poluentes.

Precisamos investir e incentivar o uso de novas tecnologias que busquem cada vez mais a eficiência energética e políticas de educação ambiental que visem a conservação de energia. Uma vez que é muito difícil fazer cálculos exatos sobre o tamanho e quanto tempo de duração possuem as reservas de energias. A demanda mundial de energia é cada vez maior, e o petróleo é um recurso não renovável e finito, podemos facilmente chegar à conclusão de que precisamos de novas fontes de energia. Mas quando falamos em outras fontes de energia chegamos também a outros dilemas, a energia nuclear tida muitas vezes como energia limpa não possui uma técnica confiável de descarte dos resíduos nucleares, as hidrelétricas cada dia inundando um terreno maior, causando a alteração de todo o meio em que a hidrelétrica é instalada, fora o retorno à atmosfera de todo o carbono sequestrado por séculos pelas florestas que são submersas, o ethanol produzido nos EUA a base de milho e no Brasil a base de cana de açúcar entram em um dilema social, seria justo socialmente usar alimentos para a geração de energia, uma vez que com o um segundo uso o mercado poderia focar em apenas um setor acarretando o aumento no outro.

Em um mundo interdependente e globalizado, vemos que a dependência em matrizes energéticas exteriores pode influenciar negativamente e em um curto período de tempo qualquer economia, e cabe aos governos atitudes e medidas que visem a mudança das matrizes energéticas, sabemos que crises ditam novas regras, como na década de 70 nos EUA, mas porque não agir com precaução e evitar futuras crises com novas leis de incentivos a energias renováveis como eólica e solar, e políticas públicas de educação ambiental criando a consciência no cidadão que a conservação de energia acarretará não somente a redução da poluição ambiental, mas também economia de dinheiro e restrição ao uso de fontes de energias poluentes e incentivo à busca da eficiência. Precisamos de uma mudança em todos os setores econômicos e sociais, e que as mudanças nas políticas energéticas nacionais sejam prioridade e voltadas para sustentabilidade energética, econômica e social com o uso planejado dos recursos naturais, novas tecnologias que busquem a eficiência, políticas de educação ambiental para a conservação da energia.

O Brasil é considerado o país com a frota mais verde no mundo, graças ao uso de Ethanol, 84% dos carros novos no Brasil são preparados para o uso do Ethanol. Apesar do país ter uma matriz energética baseada em fontes renováveis e possuir 80% da energia elétrica gerada por hidrelétricas, a diferença entre a disponibilidade de energia em geral, não apenas elétrica, e uso de energia ainda possui um déficit e  o Brasil ainda é suscetível as flutuações do mercado do petróleo.

Carla Morcefhttp://carlamorcerf.com.br/
Analista e Consultora Ambiental

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