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Chacina em São Paulo é modus operandi de grupo de extermínio

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por Nilton Ramos*

A ONG CIVAS – BRASIL. Centro Independente de Combate à Violência; à Corrupção; e Apoio à Sociedade também acompanha atentamente as investigações da chacina na Grande São Paulo, onde dezoito pessoas foram covardemente executadas com armas de grosso calibre semana passada, nas cidades de Osasco e Barueri.

Segundo moradores, ação começou bem antes do último fim de semana, com o cometimento de outras execuções, e que o número de vítimas é ainda maior.

Um banho de sangue que executou jovens e trabalhadores sem passagem pela polícia. Foto: Folha de São Paulo
Um banho de sangue que executou jovens e trabalhadores sem passagem pela polícia. Foto: Folha de S. Paulo.

A polícia não descarta que as execuções foram em retaliação às mortes de um guarda municipal durante assalto a um posto de combustíveis, Jefferson Rodrigues da Silva, 40 anos;  e a um policial militar,  o cabo Avenilson Pereira de Oliveira, de 42 anos, morto a tiros, no dia 7, por dois criminosos ao reagir a assalto a um posto de combustíveis na cidade de Osasco. Ele era da Força-Tática do 42º Batalhão da PM [BPM], e responsável pela segurança na região.

Isso significa que há fortes indícios da participação de policiais nos atos criminosos perpetrados.

A equipe do jornalista  Caco Barcelos, do Profissão Repórter apresentou na edição de ontem a repercussão do caso.

Entretanto, um trabalho de jornalismo realizado de forma incompleta, deixou várias perguntas sem respostas.

O secretário de Estado de Segurança Pública de São Paulo, o advogado Alexandre de Moraes,  não chegou a ser ouvido.

Alexandre de Moraes, advogado, secretário de segurança paulista. Foto: Portal Metrópole
Alexandre de Moraes, advogado, secretário de segurança pública de São Paulo. Foto: Portal Metrópole

O comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o Coronel Ricardo Gambaroni  também não foi ouvido.

O delegado que comanda a Força-Tarefa criada para conduzir Inquérito Penal para apurar os crimes não falou dos crimes e do ponto de partida para a elucidação das execuções.

O Ministério Público acompanha as investigações feitas pela Força-Tarefa. Os promotores Marco Antonio de Souza e Helena Bonilha, de Osasco, e Vitor Petri, de Barueri também seguirão junto as diligências  de investigação dos crimes;  o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado [Gaeco] e o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial [Gecep].

O Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin [PSDB-SP] não foi ouvido pela produção do programa, contudo, sua assessoria informou que uma recompensa de R$50.000,00 será paga para quem oferecer informações que possam levar até os criminosos.

Governador Geraldo Alckmin define recompensa pela busca aos bandidos. Foto: Arquivo f5notícias
Governador Geraldo Alckmin define recompensa pela busca aos bandidos. Foto: Arquivo f5notícias.

Até aqui nenhum dos parentes das vítimas foi ouvido pela polícia, não teve qualquer ajuda dos Governos do Estado, e dos municípios de Osasco e Barueri, o que é uma vergonha, uma violação aos direitos humanos.

Abandonados pelo Estado e exterminados pelo próprio 'Poder Público. Foto: Folha de S.Paulo.
Abandonados pelo Estado e exterminados pelo próprio ‘Poder Público.’
Foto: Folha de S. Paulo.

Como medida de impacto, um forte aparato de viaturas e policiais circulam naqueles locais onde as execuções foram cometida.

Mas entendemos tudo isso como uma iniciativa de autopromoção do Governo de São Paulo para chamar atenção e dizer que ‘estamos aqui, trabalhando para o povo.’

O que não é verdade. Pois se realmente tivéssemos uma segurança pública de qualidade não haveria necessidade de investigação alguma, pois ninguém teria sido morto.

Hoje não haveria jovens, trabalhadores, inocentes, crianças órfãos, viúvas, pais e parentes que choram ausência de forma violenta e covarde daqueles mortos por bandidos sanguinários.

Não significa dizer que policiais também devem ser mortos por criminosos. A eles, a lei deve ser feita.

Entretanto, também não se admite no Estado Democrático de Direito que cidadãos criminosos se organizem a policiais corruptos e bandidos, formando grupos de extermínio para fazer justiça com as próprias mãos.

Papel das polícias é prender. O de julgar, e, se culpados, condenar os criminosos a penas nos rigores da lei, cabe à Justiça.

Nilton Ramos
Bacharel em Direito; Pós-Graduado em Direito do Trabalho Lato Sensu; humanista e fundador-presidente da ONG CIVAS – BRASIL.
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