por Nilton Ramos*
Muito provavelmente os alunos da Escola Estadual ‘Maria Isabel Vieira’, o colégio Polivalente deverão perder a queda de braço para o 62º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais.
São muitos os fatores que ‘conspiram’ contra aquela conhecida escola, por onde já passaram centenas de alunos, e que atualmente não recebe mais do que uma centena de estudantes, apesar de capacidade para mil.
Em junho deste ano, foi assinada a Resolução número 4405, que eleva a Cia. Independente PMMG ao grau de 62º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais em Caratinga.
O educandário tem como sede o bairro Nossa Senhora Aparecida, e desde que o documento criando o Batalhão foi assinado pelo Comandante-Geral da PMMG, Marco Antônio Badaró Bianchini os alunos tem realizado campanha junto à sociedade no sentido de sensibilizá-la a manter a escola funcionando no mesmo local.
Apesar de ser uma decisão hierarquicamente superior, do governador do Estado, Fernando Pimentel [PT], nenhuma autoridade municipal na cidade se manifestou quanto à reivindicação dos alunos.
Entretanto, a Câmara Municipal de Caratinga promoverá uma audiência pública nos próximos dias para discutir o impasse. Do evento, deverão participar todo o corpo docente da Escola Estadual ‘Maria Isabel Vieira’, membros do colegiado, pais e alunos; e o próprio comando-geral da PMMG, o secretário de Defesa Social, Bernardo Santana, o ouvidor de Minas, Paulo Alkimim, mais os representantes do Governo de Minas e da Superintendência Regional de Ensino, além do prefeito Marco Antônio Ferraz Junqueira.
Como já destacado, a transferência do BPMMG para o prédio que abriga o colégio Polivalente encontra apoio de entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas [ CDL] e Associação Comercial e Industrial de Caratinga [ACIC], e esforço político do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes [PMDB].
Em pronunciamento no site oficial da PMMG, o comandante-geral Marco Antônio Badaró Bianchini reafirmou que a elevação da Cia. Independente de Polícia Militar para Batalhão “é uma comprovação da preocupação do governo do Estado e a Polícia Militar com a segurança pública do Leste de Minas Gerais.”
Tudo indica que pelo menos até o fim deste ano letivo não haverá transferência dos atuais alunos para outro local na cidade. Mas também não se sabe ainda onde passaria a funcionar o colégio Polivalente, com o cumprimento da resolução.