por Nilton Ramos*
E 0 Corinthians fechou a Primeira Fase do Campeonato Brasileiro da Série A na liderança isolada e como campeão simbólico do Turno, se é que simbolismo oferece alguma vantagem concreta para o time paulista.
A 19ª rodada do certame confirmou o equilíbrio da competição entre os três grupos dentre os 20 participantes da disputa do título de campeão em 2015.
No pelotão do alto, no ‘G-4’ acirrada está a disputa. O Atlético, dono de uma das melhores campanhas até aqui, foi derrotado em Santana Catarina pela Chapecoense por 2 a 1, o mesmo time verde que na rodada anterior havia batido também outro mineiro, o Cruzeiro, goleado por 4 a 0.
O confronto que marcou a derrota atleticana e a perda da liderança foi registrado pelo menos por dois fatos muito discutidos, e que tiveram como pivô, o árbitro Marcos André Gomes da Penha.
Penha expulsou o zagueiro e capitão atleticano, Leonardo Silva incorretamente, em um lance muito contestado pelos mineiros.
Já tendo se esforçado para empatar a peleja, com 1 jogador a menos e na casa do adversário, as coisas ficaram mais difíceis, mas parecia que o time das Gerais arrancaria pelo menos o empate de lá.
Até que num contra-ataque chapecoense, Apodi, aos 32 minutos, levou vantagem contra o marcador, ao levar a bola com o braço direito, pra entregar a vitória ao time verde.
Arbitragem de Marcos André Gomes da Penha foi duramente criticada pelo diretor de Futebol, Paulo Maluf, que registrou Reclamação oficial na Confederação Brasileira de Futebol.

Os dois lances foram interpretados equivocadamente pelo árbitro, e tiveram influencia no placar final de 2 a 1 contra o Atlético.
Arbitragem é um problema complexo no futebol brasileiro. E apenas ao árbitro lhe é dado poder absoluto de decidir um jogo, pois a interpretação é subjetiva.
‘Enquanto o Corinthians teve uma arbitragem de qualidade, com Anderson Daronco, do Rio Grande do Sul, na vitória, de virada [ 2 a 1] sobre o Avaí, em Santa Catarina, no jogo entre Chapecoense e Atlético foi diferente’, comparou Maluf.
Maluf disse ser inaceitável um campeonato com alta receita, alto nível profissional e de investimento, e a arbitragem ainda ser amadora.
Com a derrota do Atlético e a vitória corinthiana, o Timão assumiu com 40 pontos a liderança isolada do Brasileiro/2015.
O mesmo Corinthians que em rodada anterior foi beneficiado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira na vitória de 4 a 3 sobre o Sport, com gol de pênalti, já nos acréscimos.
Foi um carrinho na área, para tentar impedir o cruzamento e não foi mão na bola, mas bola na mão. Ao contrário do que decidiu o apitador, que marcou a infração já nos acréscimos do jogo e deu a vitória ao atual líder da disputa, com o gol de pênalti.

Nos demais jogos da rodada, o Vasco perdeu em seus próprios domínios por 1 a 0 para o Coritiba. Atlético e Santos ficaram no empate sem gols em Curitiba.
O Goiás, que luta para não ser rebaixado, goleou fora de casa, o São Paulo por 3 a 0. O Palmeiras fez 4 a 2 no Flamengo. Fluminense fez 2 a 1 no Figueirense, na volta de Fred. Sport 1 x 1 Ponte Preta em Recife.
Cruzeiro e Internacional não saíram do zero, no Mineirão, resultado que deixa o treinador Vanderley Luxemburgo em situação incômoda.
E o Grêmio bateu o Joinville, por 2 a 1.
No ‘G-4’, o primeiro lugar é do Corinthians com 40 pontos, seguido pelo Atlético com 36, em segundo, Grêmio, em terceiro, também com a mesma pontuação do time mineiro e o Flu, com 33, de volta ao topo, com a vitória obtida na rodada que fechou a fase.
Goiás, Coritiba, Joinville e Vasco ocupam o ‘Z-4’, com 19, 18, 16 e 13 pontos respectivamente.
Palmeiras, São Paulo, Sport, Atlético Paranaense e Chapecoense estão na zona intermediária, que lhe dá vaga para a Copa Sul-Americana de Clubes. Os três primeiros somam 31 pontos, depois com os atleticanos marcam 30 e a equipe de Santana Catarina 28 pontos.