Por Marinho Santos, Jornalista e Financista
Na semana passada, os ativos de risco se recuperaram e o dólar registrou queda após o banco central americano sinalizar uma postura mais cautelosa em relação aos aumentos de juros nos EUA. Com um calendário leve no exterior nesta semana, toda a atenção estará voltada para a decisão de juros do Copom. Embora um corte seja esperado, a incerteza sobre sua magnitude manterá a volatilidade do câmbio elevada.
Giro Brasil
A semana passada foi excepcional para o real em relação às moedas desenvolvidas, especialmente ao dólar. Além do sentimento local mais positivo, notícias construtivas do exterior contribuíram para a apreciação do BRL. Com um calendário global calmo, os holofotes estarão na reunião do Copom, na quarta-feira. A mudança na abordagem do presidente do BC, Campos Neto, em relação aos próximos passos do banco aumentou a incerteza sobre a decisão de juros desta semana. Os mercados estão precificando um corte de 0,25%, abaixo do comunicado anterior de 0,50%.
Giro Estados Unidos
O dólar teve uma das piores performances semanais após a reunião do Federal Reserve e o relatório da folha de pagamento de abril indicarem dificuldades para futuros aumentos de juros. Powell sugeriu que o próximo movimento na taxa seria para baixo, e o relatório de emprego mostrou um crescimento dos salários desacelerando. Nesta semana, a atenção estará nos discursos dos diretores do Fed, com os mercados observando se reforçarão a mensagem otimista no combate à inflação.
Giro Europa
A queda do euro foi menor em comparação com o dólar, possivelmente devido a sinais de otimismo na Zona do Euro. A inflação de abril e o relatório do PIB do primeiro trimestre sugeriram uma recuperação econômica mais forte do que o esperado, diminuindo a diferença entre as economias europeias e dos EUA. Embora não haja notícias críticas programadas, a moeda comum continuará influenciada pelo dólar e pelo tom dos diretores do Fed.