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A moribunda esperneante. Ou: Agora é tarde, Dilma é morta!

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Por Marcus Pimenta

Dilma morreu. Não a pessoa física. Sua figura de Presidente da República. Morreu. Seu governo acabou e o país segue inerte sob o comando estéril de um governo zumbi. Pobres de nós!

Ao contrário do que ainda dizem os vencedores que perderam, não houve e não há nenhum golpe de Estado em curso. É que eles fizeram o diabo, como prometeram e venceram as eleições, contudo, perderam a capacidade de governar. Não há governo que resista à ingovernabilidade.

Só se fala nisso. A palavra impeachment tornou-se lugar comum nos colóquios de todos os cantos. Do chão de fábrica às cúpulas das grandes empresas. Do pastel na feira ao Congresso Nacional. Todos falam no prematuro fim do governo petista, capitaneado por Dilma. Não há consenso sobre como se dará seu momento derradeiro. Impeachment? Cassação? Renúncia? Não se sabe como, mas sabe-se que não deverá tardar.

A oposição subiu o tom, engrossou o discurso e partiu para o enfrentamento político, mostrando-se disposta a dar o último pontapé no traseiro do governo defunto. Demorou, mas reagiu. Temerosa de pegar a pecha de golpista, como queriam os governistas, agiu com cautela até aqui, majoritariamente no nível jurídico. Foi criticada. A opinião pública queria sangue. A oposição queria ver sangrar e não fazer sangrar. Isso mudou.

Percebendo o governo acuado por todos os lados, por crises de todas as naturezas, abriram-se os caminhos jurídicos e políticos para que fosse pedido o fim desta jornada infame, protagonizada pela ex-terrorista que verteu-se presidente, mas, sem surpresas, não sabia governar. Além da ruindade de um governo incompetente e inconseqüente, a corrupção atingiu níveis sem precedentes, tornando-se a principal assinatura da gestão petista. Faziam o diabo para vencer as eleições. Fizeram mais que o diabo para operar o projeto de poder do partido.

Dilma Rousseff é rejeitada por dois em cada três brasileiros. Sua aprovação monodígito (9%) remonta à era Sarney. Supera, em reprovação, até mesmo Fernando Collor pré-impeachment. Sua base parlamentar rachou e tende fortemente à completa desintegração. Como pode um governo assim chegar ao final? Qual preço o país precisaria pagar para bancar um governo sem credibilidade, sem sustentação?

Numa reunião organizada às pressas na segunda-feira, dia 06/07, Dilma e seu governo decidiram cometer uma reação às investidas tucanas. Numa longa entrevista exclusiva da presidente e através de um discurso pronto, articulado por seus aliados remanescentes, o grupo no poder tentou transformar acusações e suspeitas que pesam sobre a petista em “golpismo”.

À Folha, Dilma diz que “as pessoas caem quando estão dispostas a cair”. Não, presidente, as pessoas caem quando fazem coisas erradas, quando afrontam as normas, quando manipulam orçamentos e, em razão disso, são condenadas com base no que prevêem as leis e a Constituição. Não é ato de vontade, é ato de direito. A oposição não atenta contra o Estado ou contra a democracia. Ela os defende. E não por mera vontade ou por ressentimento, como acusam os governistas. A oposição investe contra o governo que está aí em cumprimento à suas obrigações legais e políticas. Pois um pleito democrático elege simultaneamente situação e oposição e o regime democrático exige que ambas cumpram as obrigações para o qual foram eleitas.

Golpe é quando o partido do governo tenta impedir que a oposição atue, ainda que dentro dos limites das leis e da constituição. Golpe é quando o partido do governo tenta inviabilizar os trabalhos da Polícia Federal, do TCU, do TSE e do Ministério Público, porque deve a todos eles respostas constrangedoras sobre ações criminosas, empreendidas pelo governo no intuito de beneficiar a si e aos seus aliados. Golpe é quando o poder executivo sistematicamente faz ingerência nos poderes legislativo e judiciário no intuito de manipular o trabalho dos mesmos a seu favor.

Segundo declarações do líder oposicionista, Senador Aécio Neves (PSDB-MG):

“O discurso do golpe que vemos hoje assumido pela presidente da República e repetido pelos seus ministros e pelos petistas, nada mais é do que parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade. (…) Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe! Na verdade, o discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia. O discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e inibir instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel.

Dilma entrará para a história como a presidente mais mentirosa de todos os tempos. Apresento a seguir, apenas algumas de suas mentiras:

1) Dilma prometeu abaixar a conta de luz. A conta subiu.

2) Dilma prometeu não subir os juros. Os juros subiram.

3) Dilma prometeu baixar a inflação e elevar o PIB. A inflação subiu. O PIB sumiu.

4) Dilma prometeu não aumentar impostos. Os impostos aumentaram.

5) Dilma prometeu investir na educação. Cortou R$ 587 milhões nos gastos mensais, apesar do lema ‘Brasil, Pátria Educadora’.

6) Dilma prometeu o aumento de vagas do Pronatec. O programa foi drasticamente reduzido e o número de vagas, cortado.

7) Dilma prometeu diminuir a miséria. Seu governo não apenas aumentou o número de miseráveis como provocou uma onda de demissões em massa, reduzindo o consumo e fazendo as pessoas mais pobres.

8) Dilma prometeu não mexer em direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”. A vaca tossiu e Dilma cortou direitos trabalhistas no seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença e aposentadoria.

9) Dilma prometeu “Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou.” Estamos aguardando que seja novamente desmascarada.

Dilma pode sim cair e não é apenas em decorrência das sucessivas fraudes cometidas por seu partido e por seus aliados na condução das estatais, mas, principalmente, por fraudes fiscais e eleitorais, das quais pode ser pessoalmente responsabilizada. Não se trata de golpe de estado. Trata-se de defender o Estado.

Não adianta cair atirando. Não adianta espernear. Agora é tarde, Dilma é morta!

Marcus Pimenta
Administrador de Empresas, MBA em Gestão Empresarial, Consultor e Coach Executivo com viés em carreiras, gestão de pessoas, desenvolvimento de líderes e de equipes sinérgicas. Articulista e palestrante​.
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