Quando o presidente Donald Trump lançou sua política econômica “America First” (“América em Primeiro Lugar”), sinalizou uma ruptura clara com décadas de ortodoxia comercial globalista. No centro dessa agenda estava uma estratégia agressiva de tarifas, com o objetivo de reequilibrar as relações comerciais especialmente com a China. A partir de 2018, os Estados Unidos impuseram tarifas abrangentes sobre importações estrangeiras, desencadeando uma guerra comercial em grande escala que reverberou pelos mercados globais. Embora tivesse como objetivo fortalecer as indústrias americanas e proteger os interesses nacionais, os resultados foram complexos, custosos e de longo alcance.
A justificativa por trás das tarifas segundo a administração Trump, foi apresentar um meio de proteger empregos americanos e revitalizar setores críticos como o aço, o alumínio e fora outros produtos manufaturados. As autoridades norte-americanas alegaram que a China, em particular, há muito praticava ações comerciais desleais, como roubo de propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia e subsídios estatais que colocavam as empresas americanas em desvantagem. As tarifas, portanto, foram vistas não apenas como uma ferramenta econômica, mas também como uma forma de pressão para forçar reformas estruturais na política chinesa. Internamente, a iniciativa teve apelo político, especialmente entre os trabalhadores das regiões industriais mais afetadas pela perda de empregos.
A escalada dessa guerra comercial com a China ganhou força rapidamente. No final de 2019, no primeiro governo do Presidente Donald Turmp, os EUA já haviam imposto tarifas sobre mais de US$ 360 bilhões em produtos chineses. A China retaliou com tarifas sobre exportações americanas, atingindo duramente os setores agrícola e industrial. Os agricultores americanos foram particularmente afetados, com as exportações de soja para a China despencando. Os mercados ficaram voláteis e cadeias de suprimentos globais foram interrompidas, à medida que empresas tentavam se adaptar. O que era para punir a China acabou gerando danos colaterais para empresas americanas dependentes de componentes e matérias-primas importadas.
Na prática, fruto do primeiro governo Trump sem a intensa guerra tarifária que o mundo hoje acompanha, os resultados das tarifas foram mistos. Algumas indústrias começaram a realocar operações para fora da China, mas frequentemente para outros países de baixo custo, como Vietnã ou México, e não de volta para os EUA. Agora tem sido diferente! Fábricas americanas estão repatriando as operações.
Os preços ao consumidor subiram, principalmente pela péssima administração Biden, e muitas empresas enfrentaram custos de produção mais altos, reduzindo sua competitividade. Por outro lado, estrategicamente, as tarifas marcaram um ponto de virada. Elas aceleraram um movimento mais amplo de “desacoplamento” em relação à China e expuseram os riscos de uma dependência excessiva de cadeias de suprimento concentradas. Essa reavaliação da política comercial ainda está em andamento.
Concluindo, a guerra tarifária atual do Presidente Trump foi por design e disruptiva. Ela tem forçado a comunidade global e as empresas americanas, a confrontarem desequilíbrios sérios no sistema comercial. A disparidade nos percentuais tarifários do mesmo produto entre os países que negociam com os Estados Unidos, é inquestionável. É abusiva para com os Estados Unidos!
No entanto, a abordagem unilateral e a falta de coordenação internacional limitaram sua eficácia e aumentaram os custos para os atores domésticos.
O legado do Presidente Donald Trump, porém, é inegável: a conversa sobre globalização, segurança de suprimentos e soberania econômica mudou permanentemente.
Independentemente da posição política, o impacto dessa guerra comercial continua moldando a política econômica dos EUA muito além da era Trump.
Tudo que o Presidente Donald Trump quer, e ele fala com a mesma precisão e detalhes desde os anos 80, é reciprocidade tarifária; e nisso, aparentemente todos os países nunca estiveram dispostos e parecem que não estão estão!
Se o problema é imposto reduzido, porque então eles não aceitam a proposta zero imposto já apresentada pelo Presidente Donald Trump?